23 de ago. de 2010

A Web está nos emburrecendo?

Estamos todos atordoados com o overflow de informação e vivemos a Economia da Atenção: consequência da saturação dos meios e democratização das ferramentas de publicação. Crianças tomando remédio nas escolas porque não conseguem manter a atenção por períodos mínimos gerando problemas de comportamento: descompasso entre o método de ensino e os dias de hoje. Ecossistema midiático molda a maneira como programamos nosso cérebro o que explicaria a forma diferente de pensar das gerações: largamente documentado. Capacidade de ser multitarefa e se adaptar a tantas atividades paralelas: uma questão de tempo, algo que as novas gerações vão conseguir fazer.

Bem… não é exatamente assim que pensa Nicholas Carr e não é o que ele defende em seu novo livro, ‘The Shallows, What the Internet is Doing to our Brains‘, onde pondera que na realidade a internet está reprogramando nossos circuitos neurais de uma forma emburrecedora, efetivamente tirando a nossa capacidade de concentração por longos períodos e que, da forma que o conteúdo da Web está disposto (dividido entre tantos estímulos), estaríamos efetivamente nos emburrecendo enquanto humanidade.

A entrevista com ele publicada hoje no caderno Link do Estadão dá uma boa idéia da sua visão e do que ele pensa que esteja efetivamente acontecendo. Vejam que Carr não é um cara que pode ser considerado retrógrado ou reacionário. Ao contrário, ele é um consagrado autor de tecnologia e escreve sobre o assunto há anos.
Por Michel Lent

26 de jul. de 2010

Redes Sociais se Tornam Obrigação para Empresas. Culpa da Convergência


A Web 2.0 – ou Social Media – se tornou frenesi nos ambientes corporativos. Muito se tateia, mas, de fato, pouco se mostra de tangível e interessante (em termos de resultados claros) em termos aplicações 2.0 pelas empresas.
Twitter, Orkut, Facebook, LinkedIn, Flickr, MySpace, Google, Yahoo, Formspring, Youtube, além de Wikis, Blogs, 3DWeb e outros aplicativos desenhados para a lógica das redes e comunidades fizeram a Internet, sob o ponto de vista do marketing, do relacionamento e da colaboração, renascer para o mundo corporativo, principalmente no tocante a interação das empresas com 2 públicos fundamentais: clientes e funcionários.
A Web Social passou a fazer sentido para as empresas, quando seu tom interativo e transacional começou a aflorar. E isso se deu, de fato, com o mundo multicanal/multidevice/multiplataforma que a convergência e a mobilidade proporcionaram a estas aplicações, antes vistas como simples “redezinhas” de bate-papo de amigos, adolescentes e nerds.
Se um dia, um grande pensador/empresário do varejo norte-americano disse “nunca chame seu cliente de idiota, porque sua esposa é um deles”, o mesmo vale para as redes sociais: nunca subestimes grupos, redes e comunidades, porque seu filho, funcionário, cliente, amigo, marca, produto, serviço, esposa, amante… e até seu cachorro estão lá, mesmo que não saibam ou não queiram.
Aceitemos o fato. Social Media, para empresas, não é tendência. É urgência. É mainstream. Mas isso não quer dizer que deve ser infantil, desconecta da estratégica ou eventual.

Por Daniel Domeneghetti